Jaqueline Silveira

Câmara aprova moções contra reforma no IPE Saúde e local de Apac

Câmara aprova moções contra reforma no IPE Saúde e local de Apac

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Na sessão da Câmara de Santa Maria, ontem, os vereadores aprovaram duas moções. Primeiro foi votada a de apelo, apresentada pela petista Helen Cabral e direcionada à Assembleia Legislativa com o objetivo de sensibilizar os deputados a e não aprovarem a reestruturação do IPE Saúde, que prevê mensalidades diferenciadas para contribuintes mais velhos e cobrança dos dependentes. 


Helen argumentou que a reforma penalizará quem ganha menos, como professores e brigadianos, exemplificando que um usuário de 58 anos passará a pagar, de acordo com a tabela, R$ 1.254, que hoje tem uma contribuição de até R$ 200, e cada dependente, R$ 500. “(...) A idade vai chegando e a gente não sabe os problemas que podem vir pela frente”, afirmou a vereadora, que hoje participa de audiência sobre o projeto na Assembleia. Ela acrescentou que, hoje, Santa Maria tem 35 mil usuários no plano e que o Sistema Único de Saúde (SUS) não comportará o atendimento de mais essa parcela da população. A moção foi aprovada por unanimidade.

 
Com as galerias lotadas de moradores com cartazes, o Legislativo aprovou por 14 votos favoráveis e cinco contrários moção de repúdio contra o local definido para abrigar a Associação de Proteção e Assistência aos Apenados (Apac) em Santa Maria, voltada à ressocialização dos detentos. O lugar escolhido é o prédio da antiga Febem no Bairro Uglione. Autor da proposta, o vereador Tubias Callil (MDB) disse que não era contra a Apac, mas ao local. “A nossa discussão, aqui, ela é única e exclusivamente sobre o local onde vai ser instalada a Apac. Não é um presídio, mas vai receber apenados, não adianta nós tentarmos resolver um problema e criar outro”, afirmou Tubias. A opinião foi compartilhada pelos demais colegas que votaram a favor da moção, mas apoiam a Apac. Nos cartazes, moradores, que vaiaram os parlamentares que votaram contrários, manifestavam-se a favor da iniciativa, porém não no seu bairro.

 
Entre os argumentos dos vereadores que votaram contra, estão o fato de a moção significar uma decisão, a urgência de ter um local definido para não perder os recursos e que seria de “forma temporária” o funcionamento da Apac no prédio. “Os nossos apenados não vieram do planeta Marte, ele saíram de dentro da nossa comunidade, eles são um problema nosso. Aquele prédio é mais adequado e temos sete dias para dizer sim ou não para mandar os recursos”, alertou Werner Rempel (PCdoB).

Apoiador da Apac, o juiz da Vara de Execuções Criminais, Ulysses Louzada, acompanhou a votação da moção e conversou a porta fechadas com vereadores.

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